A evolução da IA: Origens e impacto futuro

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A evolução da IA: Origens e impacto futuro

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No contexto altamente tecnológico de hoje poucos avanços capturaram a imaginação e a curiosidade da humanidade como a Inteligência Artificial (IA).

Dado o impacto profundo na tecnologia e na sociedade, a integração da IA na era digital emerge como um elemento fundamental ao fomentar níveis sem precedentes de inovação e transformação, o que acaba por impactar cada faceta das nossas vidas pessoais e profissionais. À medida que as organizações exploram as complexidades do século XXI, tornou-se essencial compreender as origens da IA e o seu potencial futuro.

Conheça a fascinante história da Inteligência Artificial ao acompanhar as suas origens, a evolução histórica e os notáveis avanços que moldaram a sua trajetória, a partir de um começo discreto até às atuais aplicações.

A génese da IA

As raízes da IA moderna remontam a meados do século XX, quando os pioneiros nesta área começaram a imaginar máquinas que pudessem exibir inteligência semelhante à dos seres humanos. Um dos primeiros exemplos foi a invenção do Teste de Turing por Alan Turing em 1950, que propôs um critério para determinar se uma máquina poderia exibir inteligência semelhante à humana. Esta iniciativa lançou as bases para a exploração formal da IA como uma área de estudo.

A evolução histórica da Inteligência Artificial

As primeiras décadas da investigação em IA caraterizaram-se pelo otimismo e pelos objetivos ambiciosos. Nas décadas de 1950 e 1960, os investigadores exploraram a IA simbólica, com foco na criação de sistemas capazes de raciocinar e resolver problemas utilizando regras lógicas. No entanto, o progresso foi lento e as limitações da IA simbólica tornaram-se evidentes à medida que os sistemas se debatiam com as complexidades e as incertezas do mundo real.

As décadas de 1970 e 1980 testemunharam o aparecimento dos sistemas avançados, ou seja, programas especializados concebidos para imitar a perícia humana em áreas específicas. Embora estes sistemas se tenham revelado promissores em determinadas aplicações, muitas vezes ficaram aquém do esperado quando se tratava de tarefas que ultrapassavam o seu âmbito predefinido.

O termo “Inverno da IA” surgiu durante a década de 1980, referindo-se a períodos de redução do financiamento e do interesse da investigação em IA devido a promessas não cumpridas e expetativas irrealistas. Apesar destes contratempos, a investigação continuou e lançou as bases para futuros avanços.

Avanços e renascimento da IA

O final do século XX viu avanços significativos na IA, impulsionados por descobertas na aprendizagem automática (machine learning) e nas redes neurais. Na década de 1990, o desenvolvimento de computadores mais potentes e a disponibilidade de vastas quantidades de dados abriram caminho para o renascimento da IA.

Um dos marcos mais notáveis foi o início da Deep Learning, um subcampo de Machine Learning, inspirado na estrutura e na função do cérebro humano.

Uma das primeiras investigações sobre redes neurais remonta à década de 1940 e evidencia o trabalho de Warren McCulloch e Walter Pitts que propuseram um modelo simplificado dos circuitos neurais do cérebro, estabelecendo as condições para futuros desenvolvimentos nas redes neurais artificiais.

Em 1957, Frank Rosenblatt introduziu o perceptron, um tipo de rede neural capaz de aprender a partir de exemplos para classificar entradas em categorias binárias. Apesar da promessa inicial, o perceptron falhou na resolução de tarefas mais complexas, sendo que um dos principais desafios enfrentados por este sistema, foi a incapacidade de lidar com tarefas que exigiam limites de decisão não lineares. Esta limitação, conhecida como o “teorema de convergência do perceptron“, impediu a sua capacidade de generalização para dados reais com relações complexas.

Nas décadas de 1980 e 1990, os investigadores fizeram avanços significativos na pesquisa de redes neurais, desenvolvendo perceptrons multicamadas e arquiteturas mais avançadas, como redes neurais convolucionais (CNNs) e redes neurais recorrentes (RNNs). Estes avanços estabeleceram a fundação para a revolução de Deep Learning.

Os algoritmos de Deep Learning, particularmente as redes neurais, revolucionaram determinadas tarefas, tal como o reconhecimento de imagens, o processamento de linguagem natural e reconhecimento de voz, alcançando um desempenho a nível humano em muitas áreas.

Estado da arte atual dos modelos de IA

Hoje, a IA permeia quase todos os aspetos das nossas vidas, desde assistentes virtuais e sistemas de recomendação até veículos autónomos e diagnósticos médicos. Os modelos de IA de última geração, alimentados por avanços em poder computacional e disponibilidade de dados, continuam a expandir os limites daquilo que consideramos ser possível.

As técnicas como a aprendizagem por reforço permitiram que as máquinas apreendessem comportamentos complexos através de tentativa e erro, levando a avanços em robótica, jogos e otimização. Os modelos generativos tal como as Redes Adversárias Gerativas (GANs), os Modelos de Difusão ou os Transformadores, abriram novas vias para a expressão criativa e criação de conteúdo.

O futuro da IA

À medida que olhamos para o futuro, a evolução da IA não mostra sinais de desaceleração. Os desenvolvimentos entusiasmantes que têm sido feitos em áreas como a IA explicável (explainable AI), a aprendizagem federada (federated learning) e a computação quântica, prometem melhorar ainda mais as capacidades dos sistemas inteligentes enquanto abordam preocupações éticas e sociais.

Em conclusão, a história da IA é um testemunho da engenhosidade e perseverança humanas. Desde o seu começo discreto até às suas aplicações de última geração, a IA tem tido um percurso notável marcado por desafios, avanços e mudanças de paradigma. À medida que os limites do possível continuam a ser ultrapassados, o potencial da IA para transformar indústrias, resolver problemas complexos e enriquecer cada vez mais as nossas vidas permanece tão ilimitado como sempre.

Fique atento para saber mais sobre esta área, onde poderá explorar as diferentes aplicações da IA e de Machine Learning numa variedade de setores e técnicas.

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