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Entregar valor na prestação de cuidados de saúde

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A maior parte dos países da Europa enfrenta uma grave crise na eficiência dos seus serviços de saúde. Segundo estimativas do World Bank, a despesa pública europeia com saúde poderá passar dos 8% do PIB (em 2000) para 14% do PIB (em 2030). Esta evolução poderá ser ainda mais significativa à medida que aumentam as principais fontes desta despesa: a longevidade da população e a crescente incidência de doenças crónicas (responsáveis por 60% da mortalidade mundial).

Ao mesmo tempo, aumenta a exigência dos utentes por serviços de saúde focados na prestação de cuidados preventivos e personalizados, assim como a preocupação com a coordenação e integração entre os vários sistemas de saúde.

A ilustração destas ineficiências pode ser feita recorrendo ao exemplo do fluxo de um utente que se dirige ao hospital ou centro de saúde para a realização de uma consulta. A pandemia COVID-19 obrigou a um controlo mais rigoroso da lotação das salas de espera, o que frequentemente obriga o doente a esperar em filas no exterior do edifício. Dentro das instalações, os fluxos não estão claramente indicados e isolados. No momento da consulta, a maior parte do tempo do médico é dedicado a utilizar os sistemas informáticos para reportar e procurar informação. No momento de realização de algum procedimento, muitas vezes não existe todo o material necessário ou este está inacessível. Quando o doente saí da consulta, são frequentes as vezes em que o paciente precisa de voltar para agendar outros exames.

Estes exemplos demonstram problemas na experiência do doente e no controlo de custos e eficiência. Se por um lado, o doente desloca-se ao hospital mais vezes do que as necessárias (o que aumenta o risco para o doente), por outro lado, o tempo das equipas médicas e de enfermagem é gasto em atividades de não valor acrescentado.

Como facilmente se conclui, o sistema atual não é sustentável. É necessário desenvolver um sistema mais ágil e integrado que foque verdadeiramente o doente e o coloque em primeiro lugar. É necessário mudar para uma prestação de cuidados de saúde mais eficiente, mais eficaz e mais acessível. O principal fundamento para esta mudança é entregar VALOR na prestação de cuidados de saúde, ou seja, entregar os resultados mais relevantes para o utente, ao mínimo custo e o mais rápido possível.

Para tornar estas mudanças possíveis, é necessário implementar um modelo de gestão focado na análise e seguimento diário de KPIs, na utilização da tecnologia e na eliminação de custos desnecessários.

No caso do fluxo da Consulta, implementar este novo paradigma significa que o doente – minutos antes da hora agendada – e de acordo com os atrasos nas marcações anteriores e a ocupação da sala de espera, recebe um sms a informá-lo que se pode dirigir ao edifício e, sem esperas nem filas, entra nas instalações e faz o check-in. Dentro da área dedicada às consultas, existe um completo isolamento de fluxos de entrada e saída com recurso a gestão visual para que todos os utentes saibam onde se devem dirigir. No check-in, porque há um seguimento diário de KPIs e todo o Secretariado participa em reuniões diárias de partilha de boas práticas e melhorias, em vez de ser recebido como mais um número de processo, cada doente tem um nome e é tratado de forma personalizada. Durante a consulta, todos os registos são efetuados recorrendo a softwares de Voice Recognition que permitem transcrever para os sistemas tudo o que o médico diz.

No Kaizen Institute acreditamos nesta mudança de paradigmas. Acreditamos em unidades de saúde produtivas e eficientes, focadas na experiência dos seus utentes e na sua satisfação.

É desta forma, melhorando todos os dias em todas as áreas, que acreditamos ser possível tornar a saúde mais acessível, rápida e eficiente.

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