Como a sustentabilidade está a transformar as indústrias aeroespacial e marítima

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Como a sustentabilidade está a transformar as indústrias aeroespacial e marítima

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A sustentabilidade tornou-se uma prioridade nas diversas indústrias em todo o mundo e os setores aeroespacial e marítimo não são exceções. A urgência de proteger o planeta para as futuras gerações, impulsiona a inovação e a implementação de práticas sustentáveis, garantindo que o crescimento económico e o desenvolvimento tecnológico possam coexistir harmoniosamente com a preservação ambiental. Desde a implementação de combustíveis alternativos até ao desenvolvimento de sistemas de propulsão mais eficientes, a procura por um futuro mais verde está a impulsionar inovações significativas que prometem transformar a forma como viajamos e transportamos mercadorias pelo mundo.

Sustentabilidade aeroespacial e marítima       

Com a crescente pressão para reduzir as emissões de carbono e mitigar os impactos ambientais, as indústrias aeroespacial e marítima estão a passar por grandes mudanças para se alinharem com os objetivos globais de sustentabilidade.

A indústria marítima e a indústria aeroespacial têm um impacto significativo nas emissões de carbono globais, contribuindo cada uma com cerca de 2-4% das emissões totais de CO2.  A transformação envolve uma combinação de regulamentações governamentais, pressão do mercado e avanços tecnológicos que promovam um futuro mais verde e sustentável.

A urgência da sustentabilidade

Nos últimos anos, a urgência da sustentabilidade tem sido amplamente reconhecida nas indústrias aeroespacial e marítima. A crescente consciencialização sobre as mudanças climáticas e a degradação ambiental têm pressionado estas indústrias para repensarem as suas práticas e a adotarem abordagens mais sustentáveis. A necessidade de reduzir as emissões de carbono, preservar os ecossistemas marinhos e minimizar a poluição do ar e da água tornou-se imperativo não apenas para cumprir regulamentos ambientais, mas também para responder às expectativas crescentes dos consumidores e stakeholders.

A indústria aeroespacial, por exemplo, enfrenta desafios significativos em termos de consumo de combustível e emissões de CO2. Inovações tecnológicas, como o desenvolvimento de aeronaves elétricas e híbridas, estão a ser exploradas para reduzir a pegada de carbono. Paralelamente, a indústria marítima está a implementar práticas de navegação verdes que incluem a adoção de combustíveis alternativos, como o gás natural liquefeito (GNL) e o investimento em tecnologias de propulsão avançadas para tornar os navios mais eficientes e menos poluentes.

Definição de objetivos de sustentabilidade

Definir objetivos de sustentabilidade corporativa claros e mensuráveis é essencial para guiar as empresas das indústrias aeroespacial e marítima rumo a um futuro mais verde, alinhando-as com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Os objetivos de sustentabilidade para estas indústrias incluem a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), o aumento da eficiência energética, a promoção da reciclagem de materiais e a prevenção da poluição.

Organizações de ambos os setores já começaram a definir metas de sustentabilidade. A Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) implementou o Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional (CORSIA) de forma a compensar as emissões que excedem os níveis de 2020 e alcançar um crescimento neutro em carbono a partir desse ano, com a meta de reduzir para metade as emissões de CO2 até 2050 (quando comparado aos níveis de 2005). A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) também se comprometeu a atingir emissões líquidas zero até 2050.

Na indústria marítima, a estratégia de 2023 da Organização Marítima Internacional (IMO) sobre a redução de GEE dos navios estabelece o rumo para um transporte marítimo neutro em carbono até 2050. Esta estratégia exige o uso de combustíveis e tecnologias de baixo ou zero GEE até 2030, além de reduzir as emissões anuais de GEE em pelo menos 20% até 2030 e 70% até 2040, em comparação com os níveis de 2008.

Principais desafios para alcançar a sustentabilidade

A transição para práticas mais sustentáveis nas indústrias aeroespacial e marítima enfrenta diversos desafios. Estas indústrias, fundamentais para o comércio global e mobilidade, possuem operações que tradicionalmente dependem de combustíveis fósseis e processos que geram impactos ambientais significativos. A necessidade de reduzir as emissões de carbono e gerir os resíduos de modo eficaz são alguns dos principais obstáculos que precisam de ser superados. Além disso, as pressões regulatórias estão cada vez mais rigorosas, exigindo que as indústrias adotem medidas mais sustentáveis e inovadoras para responder às novas exigências ambientais.

Impacto ambiental

Os impactos ambientais das indústrias aeroespacial e marítima são vastos e diversificados, exigindo abordagens abrangentes para mitigar os seus efeitos negativos.

Emissões e poluição

A emissão de GEE e outros poluentes são um dos maiores desafios ambientais para ambas as indústrias. No setor aeroespacial, as aeronaves comerciais contribuem significativamente para as emissões globais de CO2, além de outros poluentes como óxidos de nitrogénio (NOx) que afetam a qualidade do ar. A indústria está a explorar alternativas como biocombustíveis, hidrogénio e tecnologias de eletrificação para reduzir a sua pegada de carbono.

O setor marítimo enfrenta desafios semelhantes com a emissão de enxofre, óxidos de nitrogénio e partículas, que resultam da queima de combustíveis pesados. A poluição marinha, proveniente de derramamentos de petróleo e vazamentos de substâncias tóxicas, também continua a ser uma preocupação. A adoção de combustíveis mais limpos, como o gás natural liquefeito (GNL) e a implementação de sistemas de propulsão avançados são passos cruciais para mitigar estes impactos.

Gestão de resíduos

A gestão de resíduos é outra das preocupações para a sustentabilidade nas indústrias aeroespacial e marítima. No setor aeroespacial, o fabrico de aeronaves gera grandes quantidades de resíduos, incluindo metais, plásticos e produtos químicos. Para melhorar este tema, as empresas estão a adotar práticas de economia circular, que incluem a reciclagem e a reutilização de materiais, além de desenvolver processos de produção mais eficientes.

Na indústria marítima, a gestão inadequada de resíduos pode levar à poluição dos oceanos. Os navios de cruzeiro e cargueiros, por exemplo, produzem uma quantidade significativa de resíduos sólidos e líquidos. Neste contexto, a implementação de sistemas eficientes de tratamento de resíduos a bordo e a correta eliminação em portos são medidas essenciais para minimizar o impacto ambiental.

Pressões regulatórias e de conformidade

As pressões regulatórias e a necessidade de conformidade com normas ambientais rigorosas impulsionam a sustentabilidade nas indústrias aeroespacial e marítima.

Regulamento internacional           

Algumas regulamentações e acordos internacionais afetam tanto a indústria aeroespacial quanto a marítima, especialmente no que diz respeito às emissões de gases de efeito estufa e à eficiência energética. O Acordo de Paris é um pacto global sobre mudanças climáticas que procura limitar o aquecimento global bem abaixo de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. Este acordo exige que todos os setores industriais, incluindo o aeroespacial e o marítimo, implementem medidas para reduzir as suas emissões de GEE.

Além disso, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) das Nações Unidas estabelecem metas relacionadas com a sustentabilidade ambiental que impactam amplamente todas as indústrias, incluindo a aeroespacial e a marítima. Esses objetivos fornecem um quadro abrangente para a sustentabilidade, guiando as indústrias a contribuir positivamente para a agenda global de desenvolvimento sustentável.

Regulamentos específicos do setor

As regulamentações específicas do setor desempenham um papel crucial na promoção da sustentabilidade. Organizações como a Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) e a Organização Marítima Internacional (IMO) têm implementado normas rigorosas para reduzir as emissões e melhorar a eficiência energética. O Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional (CORSIA), estabelecido pela ICAO e o Limite Global de Enxofre, introduzido pela IMO, são exemplos de esforços regulatórios que visam reduzir os impactos ambientais das operações aéreas e marítimas.

Inovação e tecnologias para a sustentabilidade           

A inovação tecnológica desempenha um papel crucial na transformação das indústrias aeroespacial e marítima rumo à sustentabilidade. Avanços em combustíveis alternativos, sistemas de propulsão, digitalização e novas técnicas de fabrico estão a abrir caminho para operações mais ecológicas e eficientes. Estas tecnologias ajudam a reduzir a pegada ambiental e melhoram a eficiência operacional, promovendo um futuro mais sustentável.

Combustíveis sustentáveis para aviação (SAF)

Os combustíveis sustentáveis para aviação (SAF) representam uma das soluções mais promissoras para reduzir as emissões de carbono no setor aeroespacial. SAF são combustíveis derivados de fontes renováveis, como resíduos agrícolas, óleos vegetais e biomassa, que podem ser usados em aeronaves existentes sem a necessidade de modificações significativas. Estes combustíveis têm o potencial de reduzir as emissões de CO2 em até 80% em comparação com os combustíveis fósseis tradicionais.

A adoção de SAF está a ganhar impulso, com várias companhias aéreas e fabricantes de aeronaves a investir em pesquisa e desenvolvimento para aumentar a produção e a disponibilidade destes combustíveis. Além disso, estão a ser formadas parcerias entre governos, empresas e organizações ambientais para promover políticas e incentivos que acelerem a transição para combustíveis mais sustentáveis na aviação.

Sistemas de propulsão elétricos e híbridos

Os sistemas de propulsão elétricos e híbridos são outra inovação importante para a sustentabilidade no setor aeroespacial. Aeronaves elétricas e híbridas utilizam motores elétricos, que podem ser alimentados por baterias, células de combustível ou uma combinação de eletricidade e combustíveis tradicionais. Estas tecnologias prometem reduzir drasticamente as emissões de CO2 e outros poluentes, além de diminuir os custos operacionais e o ruído.

No setor marítimo, a propulsão híbrida, que combina motores a combustão interna com motores elétricos, está a ser amplamente adotada para melhorar a eficiência energética e reduzir as emissões. Navios equipados com sistemas de propulsão híbrida podem operar em modos elétricos em portos e áreas costeiras sensíveis, minimizando o impacto ambiental.

Transformação digital e eficiência

A transformação digital está a revolucionar a forma como as indústrias aeroespacial e marítima trabalham, melhorando a eficiência e reduzindo o impacto ambiental. Tecnologias como inteligência artificial (IA) e análise de Big Data estão a ser implementadas para monitorizar e otimizar operações em tempo real.

Na aviação, a digitalização permite a gestão de tráfego aéreo mais eficiente, reduzindo o consumo de combustível e as emissões. Sistemas de manutenção preditiva, baseados em IA ajudam a identificar e resolver problemas antes que se tornem críticos, aumentando a segurança e a eficiência operacional. No setor marítimo, a digitalização facilita a monitorização de rotas de navegação, otimização de combustível e gestão de frota, contribuindo para operações mais sustentáveis.

Fabricação aditiva (Additive Manufacturing)

A fabricação aditiva (additive manufacturing), também conhecida como impressão 3D, está a transformar a produção aeroespacial e marítima. Esta tecnologia permite o fabrico de peças complexas com menos material e desperdício, resultando em componentes mais leves e eficientes. A redução do peso das aeronaves e navios contribui diretamente para a diminuição do consumo de combustível e das emissões de CO2.

Além disso, a fabricação aditiva permite a produção local e de acordo com as necessidades, reduzindo a necessidade de transporte e armazenamento de peças. Esta abordagem não só melhora a eficiência da cadeia de abastecimento, mas também apoia a sustentabilidade ao minimizar o impacto ambiental associado à logística tradicional.

Estratégias para a implementação da sustentabilidade

A implementação da sustentabilidade exige estratégias bem definidas e uma abordagem holística. O envolvimento dos stakeholders, a criação de um roadmap claro e o compromisso com a melhoria contínua são essenciais para garantir que as iniciativas de sustentabilidade sejam coordenadas, eficazes e duradouras.

Envolvimento dos stakeholders

O envolvimento dos stakeholders é fundamental para a definição de uma estratégia de sustentabilidade eficaz e abrangente. A análise da materialidade, que considera tanto os impactos das questões ambientais e sociais no desempenho da organização como os impactos das atividades da empresa no ambiente e na sociedade, é uma abordagem essencial que deve ser realizada com a participação dos stakeholders. Envolver clientes, fornecedores, investidores, reguladores e comunidades locais permite identificar riscos e oportunidades e alinhar as iniciativas de sustentabilidade com as expectativas e necessidades dos diferentes grupos.

O envolvimento dos stakeholders também é crucial na fase de implementação das estratégias. No setor aeroespacial, por exemplo, é essencial que os fabricantes de aeronaves e as companhias aéreas trabalhem em conjunto com fornecedores de combustíveis para desenvolver soluções mais verdes. Na indústria marítima, a colaboração entre armadores, operadores portuários e governos é necessária para implementar práticas sustentáveis que minimizem o impacto ambiental e promovam a eficiência energética. A cooperação entre estes diversos atores é vital para o sucesso das iniciativas de sustentabilidade, garantindo que todos os stakeholders estejam alinhados e comprometidos com os objetivos ambientais e sociais.

Desenvolver um roadmap de sustentabilidade     

O desenvolvimento de um roadmap de sustentabilidade é uma etapa fundamental para guiar as organizações rumo aos seus objetivos ESG (Environmental, Social, Governance). Este roadmap deve estar alinhado com a estratégia do negócio, permitindo que a empresa aproveite as oportunidades e mitigue os riscos associados a todos os temas materiais identificados. A inclusão de metas claras, prazos definidos e a alocação de recursos específicos são essenciais para se implementar a visão de melhoria para a sustentabilidade de forma eficaz.

Para a indústria aeroespacial, o roadmap pode incluir a adoção de combustíveis sustentáveis, a implementação de programas de reciclagem de materiais, a promoção da diversidade na força de trabalho e o fortalecimento do governance corporativo. Na indústria marítima, o roadmap pode abranger a transição para combustíveis mais limpos, a melhoria da eficiência energética dos navios, a adoção de tecnologias de tratamento de águas de lastro e o desenvolvimento de programas de saúde e bem-estar para os trabalhadores. A criação de um roadmap permite que as empresas alcancem as suas metas de sustentabilidade de forma eficiente.

Melhoria contínua e inovação   

Organizações com uma forte cultura de melhoria contínua estão mais bem preparadas para implementar práticas de sustentabilidade. Estas organizações sabem como gerir mudanças, reconhecem a importância do compromisso da gestão de topo nas grandes transformações e entendem como envolver os colaboradores no processo de evolução.

As práticas lean e a sustentabilidade estão plenamente alinhadas nos seus objetivos. Uma cultura de melhoria e de inovação não só facilita a implementação do roadmap de sustentabilidade, como também garante a melhoria contínua dos resultados alcançados. Acompanhar as iniciativas, analisar os resultados e ajustar as estratégias conforme necessário garante que as empresas permanecem no caminho certo para alcançar as metas de sustentabilidade e a excelência na indústria aeroespacial e marítima.

Tendências futuras em sustentabilidade para a indústria aeroespacial e marítima

À medida que as indústrias aeroespacial e marítima continuam a evoluir, novas tendências estão a surgir, direcionando-as para práticas ainda mais sustentáveis. A inovação tecnológica, a evolução das regulamentações e o compromisso contínuo com a sustentabilidade são fatores que moldarão o futuro destas indústrias.

Tecnologias emergentes

O desenvolvimento de novas tecnologias promete reduzir significativamente o impacto ambiental e melhorar a eficiência operacional.

No setor aeroespacial, uma das tecnologias mais promissoras é o desenvolvimento de aeronaves totalmente elétricas e movidas a hidrogénio. Além disso, a integração de inteligência artificial e machine learning nas operações de voo pode otimizar rotas, reduzir o consumo de combustível e melhorar a segurança.

Para a indústria marítima, tecnologias como a propulsão baseada em energia solar e eólica estão a ganhar destaque. Navios equipados com velas modernas e painéis solares podem complementar a propulsão tradicional, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis. A pesquisa em biotecnologia também está a avançar, com o desenvolvimento de biocombustíveis marítimos que são mais eficientes e menos poluentes. Além disso, combustíveis alternativos zero carbono estão a ser explorados para alcançar as metas de descarbonização a longo prazo.

A impressão 3D, continuará a ser uma força motriz para ambas as indústrias, permitindo a produção de peças complexas com menos desperdício e menor consumo de energia. Esta tecnologia também oferece soluções rápidas e personalizadas para reparações e manutenção, aumentando a eficiência operacional e reduzindo a necessidade de grandes stocks de peças sobressalentes.

Evolução regulatória         

A evolução das regulamentações ambientais continuará a influenciar a sustentabilidade nas indústrias aeroespacial e marítima. As regulamentações serão cada vez mais rigorosas, impulsionando as empresas a adotarem práticas mais sustentáveis e a inovarem continuamente.

No setor aeroespacial, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) e a Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) estão a trabalhar para implementar normas mais rígidas de emissões e eficiência de combustível. A expansão do Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional (CORSIA) exigirá que mais companhias aéreas compensem as suas emissões de carbono, incentivando a adoção de tecnologias mais limpas e a compra de créditos de carbono.

A indústria marítima, por sua vez, será fortemente influenciada pela Organização Marítima Internacional (IMO) e pelas suas iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Por outro lado, a IMO está a desenvolver medidas como o Índice de Eficiência Energética para Navios Existentes (EEXI) e o Indicador de Intensidade de Carbono (CII), que obrigarão os navios a melhorar continuamente a sua eficiência energética. Além disso, regulamentações regionais, como as da União Europeia, que introduziram um sistema de comércio de emissões para o transporte marítimo, pressionarão ainda mais as empresas a reduzir as suas emissões.

Estas tendências regulatórias não só exigem conformidade, mas também incentivam a inovação e o investimento em tecnologias sustentáveis.

Ainda tem dúvidas sobre sustentabilidade nas indústrias aeroespacial e marítima?

O que é sustentabilidade na indústria aeroespacial?

A sustentabilidade na indústria aeroespacial refere-se à prática de desenvolver e implementar tecnologias e processos que minimizam o impacto ambiental e promovem a eficiência dos recursos ao longo do ciclo de vida dos produtos. Isto inclui a conceção de aeronaves mais eficientes em termos de combustível, a utilização de materiais recicláveis e leves, e a implementação de práticas de produção que reduzam resíduos e emissões. Além disso, envolve a consideração de fatores sociais e económicos para garantir que o desenvolvimento aeroespacial seja benéfico para todas as partes envolvidas.

Porque é que a sustentabilidade é importante na indústria marítima?

A sustentabilidade é importante na indústria marítima por várias razões:

  • Impacto ambiental: A indústria marítima é responsável por uma parte significativa das emissões globais de gases de efeito estufa, particularmente dióxido de carbono e óxidos de enxofre e nitrogénio. Reduzir essas emissões é fundamental para combater as mudanças climáticas;
  • Preservação dos oceanos: A poluição marinha, incluindo derramamentos de óleo, resíduos plásticos e poluentes químicos, tem um impacto enorme sobre a vida marinha e os ecossistemas oceânicos. Práticas sustentáveis ajudam a proteger esses ecossistemas;
  • Eficiência de recursos: Melhorar a eficiência de combustível e diminuir o desperdício de materiais podem levar a redução de custos na indústria marítima e a uma operação mais sustentável;
  • Regulamentações globais: Existe uma crescente pressão regulatória para que a indústria marítima adote práticas mais sustentáveis, com organizações internacionais a impor limites mais rigorosos sobre emissões e poluição.

Como é que a indústria aeroespacial se está a tornar mais sustentável?

A indústria aeroespacial está a implementar várias estratégias para se tornar mais sustentável:

  • Tecnologia de propulsão: O desenvolvimento de motores mais eficientes e a pesquisa sobre combustíveis alternativos, como biocombustíveis e hidrogénio, estão a ajudar a reduzir as emissões de carbono;
  • Design e materiais avançados: O uso de materiais leves e duráveis permite a construção de aeronaves que consomem menos combustível. Além disso, o design aerodinâmico avançado melhora a eficiência de voo;
  • Operações eficientes: Melhoria das operações de voo, como rotas mais diretas e técnicas de levantar e aterrar otimizadas, ajuda a reduzir o consumo de combustível e as emissões;
  • Reciclagem e reutilização: Programas de reciclagem de materiais e componentes de aeronaves estão a ser adotados para minimizar o desperdício e promover a reutilização de recursos.

Estes esforços refletem um compromisso crescente da indústria aeroespacial com a sustentabilidade, reconhecendo a importância de proteger o meio ambiente enquanto continua a inovação e o desenvolvimento tecnológico.

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